sábado, 20 de abril de 2013

Visão! Que tal?

 
Se escrevêssemos sobre a vontade de Deus sobre nós, será que apenas alguns inseridos  em uma visão específica, podem ser considerados bons aos olhos do Pai? Melhor, será que só uma forma de visão determina a vontade de um Deus por várias vezes citado na Bíblia com especificações multiformes? Será que a Graça e Magnitude estão sendo manufaturadas em visões?
Por isso eu amo os dicionários, eles esclarecem minhas dúvidas, vamos ao Almeida, que por sinal é meu parente, brincadeirinha.
Visão: 1) Alguma coisa vista em sonho ou em transe e usada por Deus para comunicar uma mensagem a alguém (Is1.1; Am1;1).  2) Forma de MAGIA pela qual se procura conhecer o futuro e obter conhecimentos ocultos (Lm 2.14; Ez13.6).
Observando a primeira referência citada Is.1.1, e tive uma aula de Isaías essa semana com o cantor Leonardo Gonçalves em sua pregação, observo que tanto o autor do dicionário, quanto a bíblia especificam que é uma comunicação entre Deus e o homem, específicos para sua época e povo, tem endereço, tempo a ser cumprido, e o melhor, o resultado Deus já conhece. Não é uma aposta, é uma conclusão de um Deus onisciente sobre as coisas vindouras, não há dúvidas sobre sua veracidade e cumprimento, é um fato a acontecer. Em Am 1.1 a cíclica perfeita e linda da bíblia se repete, e Amós recebe uma visão profética sobre o povo de Israel. Então, de onde vem as visões tão comentadas nos dias de hoje, e quem foi que disse que elas são originais, se nas “visões” originais não há apenas estratégia para aumento de rebanho, e sim, uma preocupação monstruosa para Israel não se perca?
Quando vejo alguns pregaram sobre ganho de almas, invade meu coração uma “inveja santa” sobre a forma que Deus comunica com esses homens e mulheres, e mais, como que esses corações pulsam tanto almas, almas, almas, se o meu só bate e nunca falou comigo. Não estou dizendo em nenhum momento que não quero ganhar almas, pelo contrário, quero e quero muito, mas não reconheço isso como requisito de salvação.As igrejas contemporâneas passam por um advento que é de assustar, que é o advento das metas! Sou bancário além de escritor, professor e pastor, e meta é uma palavra que cria repulsa em meu racional tão grande, que até para escrever esse texto tenho que me controlar pra não perder toda a matéria nessa hora. Será que fomos invadidos pelo profissionalismo empreendedor que só poderemos chegar ao céu com a meta batida? E se for, onde Deus colocou essa meta na bíblia?
Estão confundindo estratégias de marketing profissional de homens com a bíblia. Se referindo a tais como verdades infalíveis, perfeitas, e condicionais para continuar em ministérios, a frente de igrejas, pregando em púlpitos como se alguém mandasse nesse negócio aqui na terra e Deus ficasse só assistindo lá do Céu como um mero espectador, que se enjoar de um programa, pega o controle remoto e muda de canal, deixando aquele canal para trás e o problema para quem estiver assistindo.
Ei senhores! Estão redondamente enganados com Deus, Ele ainda e sempre continua mandando! A única verdade infalível que nos foi apresentada até hoje se chama Bíblia Sagrada! E a única verdade infalível em forma humana que um dia habitou entre nós se chama por Jesus Cristo. Portanto, erramos sim, somos falhos sim, vacilamos e muito, e precisamos sim ganhar almas, mas só podemos ser julgados mediante o livro sagrado e em comparação a vida de Cristo, e detalhe, pelo Pai. Não acredito que verei um Deus com um tablete em mãos no dia do julgamento, me perguntando quantas almas ganhei, e conferindo o seu gráfico “excel celestial”. Pastor e a árvore que não der frutos? Ensina hermenêutica para ela.  Se Jesus curou a vários, ensinou, consolou, repreendeu, expulsou demônios e ganhou apenas uma alma, veja bem, uma alma, porque eu tenho que ser julgado mediante as obras apenas pelo número de almas que ganho? E os que consolam os desesperados? Ou só há desesperados fora da igreja? Os que curam? Ou só há doentes fora da igreja? E os que ensinam? Ah é os senhores já sabem tudo!
E se é para seguir a “visão” original de Cristo, porque não se preocupam mais com suas ovelhas perdidas? Afinal, a matemática financeira permite ganhos mesmos com prejuízos, desde que sejam menores que os lucros, ou seja, perdeu um, mas se ganhou dois, está bom o que importa é que cresceu, isso, como diria meu amigo e eterno professor de hermenêutica Pr. Roberto é coisa séria, muito séria!
E os testemunhos então.....vou parar por aqui senão estarei fazendo farisaísmo, mas um desabafo cheio do Espírito é válido.
d.C nunca mais o mesmo.......

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